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Wistoria: Wand and Sword – Poderia Uma Espada Cortar Magia?

Wistoria: Wand and Sword – Poderia Uma Espada Cortar Magia?

©Actas, Bandai Namco Pictures / Tsue to Tsurugi no Wistoria

Cada temporada que surge é uma surpresa diferente em relação ao que nos espera dessas novas estreias e devo admitir que essa atual está bem fraca com suas produções. Geralmente temos uma quantidade considerável de animes de tirar o fôlego, porém, nessa Temporada de Verão, poucos podem se destacar dessa forma. Oshi no Ko e Tower of God são cotados como os maiores em relação ao público, mas ainda são muito nichados e não agradam o gosto geral como alguns shounens que conhecemos. E tudo isso porque estou citando continuações e não novas estreias. 

Obviamente posso estar exagerando bastante, mas é o que conseguimos sentir com essa temporada. Claro, com exceção de Boku no Tsuma wa Kanjou ga Nai que é uma grande história digna de premiações (contém ironia). Mas brincadeiras à parte, meu objetivo aqui é trazer um grande garimpo que, se não fosse por indicação de um amigo, eu jamais teria acesso a esse anime.

Tsue to Tsurugi no Wistoria é o título dessa animação e posso resumi-lo com a mesma frase que manifestei ao meu amigo após terminar o primeiro episódio: Nunca pensei que algo tão genérico iria me impressionar.

E foi realmente o que aconteceu: fiquei absurdamente impressionada com a qualidade da direção e da animação de Wistoria: Wand and Sword, que está disponível na Crunchyroll para quem quiser ir tirar a prova. Os estúdios Actas e Bandai Namco Pictures realmente fizeram um excelente trabalho nesse anime e superou todas as expectativas, afinal são estúdios responsáveis por algumas produções bem comuns que todos conhecem e que não alcançam grandes patamares de público (Gintama é uma ressalva em partes).

Tsue to Tsurugi no Wistoria
©Actas, Bandai Namco Pictures / Tsue to Tsurugi no Wistoria

Sinopse: 

Will Serfort sonha em cumprir sua promessa a um amigo de infância, tornando-se um Magia Vander, um dos poderosos mágicos que se sentam no topo da Torre do Feiticeiro. No entanto, ele é incapaz de lançar até mesmo os feitiços mais simples, deixando-o lutando contra monstros de masmorras para ganhar créditos na Regarden Magical Academy. Como se isso não bastasse, ele se vê colocando suas habilidades com a espada à prova contra um professor intimidador!

Tsue to Tsurugi no Wistoria
©Actas, Bandai Namco Pictures / Tsue to Tsurugi no Wistoria

Assim, vamos puxar um pouco do que se trata este anime: Quando eu chamo ele de “genérico” é justamente por conta de seu plot principal ser algo tão comum que esbarramos com ele em diversos shounnens. Logo no primeiro episódio eu assisti pensando em Mashle, Kaiju N.8 e até Black Clover, mas foram nos últimos minutos que eu esqueci de todas as comparações e me surpreendi com o trabalho de produção deste anime.

A história pode até ser comum, mas a maneira como ela é aproveitada e conduzida traz uma nova perspectiva de aprofundamento. O nosso protagonista, Will Serfort, é um garoto fora do normal para o mundo onde vive, afinal ele é a única pessoa que não tem capacidade de usar magia, mesmo assim Will enfrenta inúmeros desafios, sempre com seu espírito inquebrável e sua determinação incansável para alcançar o topo em que sua amiga também está. 

Tsue to Tsurugi no Wistoria
©Actas, Bandai Namco Pictures / Tsue to Tsurugi no Wistoria

Vemos claramente que será uma jornada de quebra de expectativas que nem os próprios personagens acreditam. Isso, pois ele já é um ser extremamente evoluído em todas as suas capacidades, apesar de não conseguir usar nenhuma magia e esse plot é o que me ganhou já no início. Will, assim como Asta, nos mostra que a verdadeira força reside não apenas no poder mágico, mas na determinação e no trabalho árduo. Ele sofre discriminação tanto dos colegas, quanto dos professores, mas ainda assim se empenha 150% a mais do que qualquer um para não existir nenhuma possibilidade de ficar para trás por conta de sua falta de dominio da magia.

Mas não basta apenas ser esforçado, tem que superar todas as probabilidades e ser um ser humano com extrema força, afinal ele precisaria se adaptar de alguma maneira e, por isso, foi o único aluno daquela escola de magia que não ganhou uma varinha, mas sim uma espada (daí o título: espada e varinha). E nos três episódios que já vi, eles ainda estão desenvolvendo aos poucos esse protagonista, junto dos elementos que cercam aquele mundo, mas já conseguimos entender o que vai se seguir à medida que o enredo evolui.

Tsue to Tsurugi no Wistoria
©Actas, Bandai Namco Pictures / Tsue to Tsurugi no Wistoria

Agora falando do design geral, os personagens dessa série são desenhados com detalhes suaves, mas que captam suas emoções e personalidades de maneira eficaz. E, para além disso, cada personagem é visualmente distintivo, com um design que reflete sua personalidade e papel na narrativa. A direção de voz e expressões faciais é cuidadosamente coordenada para transmitir emoções sutis e intensas, complementando o desenvolvimento desses personagens, sobretudo quando percebemos as personalidades únicas de cada um.

Enquanto isso, em sua parte mais geral, foi escolhida uma paleta de cores com contrastes e tonalidades vibrantes para intensificar todo o impacto visual das cenas que recebemos. A direção utiliza bastante uma composição de cena meticulosa para estabelecer a atmosfera e o foco emocional de cada momento. Isso inclui o uso de ângulos de câmera variados, enquadramentos que destacam personagens principais e secundários, sem exagerar nos traços, muito menos encaixar elementos 3D horríveis.

Tsue to Tsurugi no Wistoria
©Actas, Bandai Namco Pictures / Tsue to Tsurugi no Wistoria

Mas o que mais me conquistou foram as cenas de ação que são especialmente impressionantes, com movimentos fluidos e coreografias bem executadas. A animação é natural e dinâmica, capturando a velocidade e a complexidade dos confrontos entre o protagonista e seus adversários. Todos esses aspectos caracterizam este como um bom anime de ação e que, apesar de um enredo comum, ainda surpreende com seus detalhes.

No fim, em relação a seu enredo, o anime não nos faz perder tempo com o desenvolvimento dos personagens enquanto estudantes, pois esse não será seu foco principal. O que percebemos é que ele traz tudo já com meio caminho andado e como tudo vai se desenrolar a partir daquele ponto na vida de Will e as pessoas ao seu redor. 

Tsue to Tsurugi no Wistoria
©Actas, Bandai Namco Pictures / Tsue to Tsurugi no Wistoria

Por essas e outras que Tsue to Tsurugi no Wistoria (Wistoria: Wand and Sword) é uma ótima aposta para essa temporada e tenho o bom pressentimento de que será ainda mais surpreendente de uma maneira positiva. Assim fica a recomendação para quem ainda não viu e uma dica para acompanhar pela Crunchyroll que transmite simultaneamente todas as semanas.

Comente agora se já estão acompanhando ou se notaram esse novo lançamento entre todos os que já saíram. Não se esquecendo também de compartilhar em suas redes sociais para nos ajudar ainda mais com o engajamento e a discussão sobre os assuntos abordados.

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