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Rooster Fighter é sobre demônios e um galo bom de briga

Rooster Fighter é sobre demônios e um galo bom de briga

©Rooster Fighter

Comecei a ler Rooster Fighter de Shuu Sakuratani. O mangá, que está disponível em território nacional pela Editora Panini desde 2021, narra a história de um protagonista no mínimo inusitado; um galo lutador. Isso traz um conceito particular para a narrativa, uma vez que acompanhar os eventos pela ótica de uma ave, cria uma experiência completamente singular.

Desde o anúncio da Panini eu despertei um interesse particular de ler esta história, o motivo é justamente por essa proposta maluca e randômica. No entanto, por mais que já estivesse no meu radar há bastante tempo, enrolei muito para começar a ler de fato. Contudo, recentemente, finalmente peguei ele para ler e percebi o tempo que eu havia perdido.

Logo nas primeiras páginas, Rooster Fighter me cativou de tal maneira que ficou difícil parar de lê-lo. Em vários momentos me peguei gargalhando de algumas falas do protagonista ou mesmo de personagens coadjuvantes, mas este é um ponto interessante. Como eu li por scan, acredito que avacalharam um pouco na tradução, deixando daquele jeitinho brasileiro. Um exemplo é a scan responsável pelo mangá de Chainsaw Man. Fizeram, basicamente, um trabalho parecido em Rooster Fighter, o que me agrada bastante. Eu gosto dessas traduções mais alopradas.

Rooster Fighter
©Rooster Fighter

Entretanto, acredito que na versão oficial, publicada pela Panini, muitas coisas que estão ali presentes na scan nem sequer sonharam em dar as caras nas páginas. Nesse sentido, eu sempre dou vazão para traduções de scan. Em geral são mais descontraídas, zoeiras e livre de restrições. Mas eu entendo o empecilho disso se tratando de algo oficial.

Enfim, Rooster Fighter é um mangá que vale muito a pena você dar uma conferida e aqui vou elencar alguns pontos interessantes, na minha opinião, que te farão ler este mangá.

Rooster Fighter é muito maluco, e isso é bom

Rooster Fighter
©Rooster Fighter

A história central gira em torno de um galo que luta contra seres monstruosos que surgem de repente e começam a atacar as cidades, causando mortes e destruição. Aliás, este aspecto da narrativa é bastante interessante, visto que inicialmente não há uma explicação do porquê esses monstros surgem ali. Afinal, de onde veio este “poder” e como se dá a formação dele?

Estes são alguns questionamentos que podem ser levantados nos primeiros capítulos, conforme esses demônios vão aparecendo. Ademais, o mangá é repleto de cenas de combate. Essas são as melhores parte no tocante à ação intensa, as batalhas entre os demônios e o galo são retratadas de forma dinâmica, com coreografias de luta bem desenhadas e uma cadência visual interessante.

Rooster Fighter
©Rooster Fighter

A propósito, no que tange aos seres monstruosos, Rooster Fighter me remeteu muito a Jagaaaan. Aparentemente, esses monstros foram pessoas normais antes de todo o incidente. E pelo que mangá dá a entender, essa transformação tem a ver com sentimentos reprimidos ou grandes frustrações geradas pela vida. Jagaaaan trabalha em cima dessa temática.

Contudo, não sei exatamente se Rooster Fighter é isso ou não tem nada a ver. É preciso permanecer na leitura para descobrir a origem de todo esse caos. Esse mistério é fundamental para geral engajamento com o leitor e fazer com que ele permaneça até o fim, porque gera aquele ar de curiosidade e desejo de descobrir mais sobre aquele universo.

A arte de Rooster Fighter é um espetáculo à parte e seus personagens também

Rooster Fighter
©Rooster Fighter

Além de introduzir personagens altamente carismáticos, o mangá também ganha no quesito arte. Não somente os pontos importantes, como o protagonista e as lutas são bem trabalhados, como também personagens secundários e os cenários. A ambientação de Rooster Fighter é bem interessante, posto que cada capítulo é uma local diferente. Como o protagonista é uma “ave migratória”, tudo é sempre uma nova aventura.

Mas talvez você possa estar se perguntando o porquê de um galo lutar contra demônios. Não é simplesmente porque sim, aleatório, como muita coisa. Para esse ponto, existe uma explicação, o galo luta na procura de um demônio específico que assassinou sua irmã no passado. Essa entidade em específico possui uma marca no pescoço, que o diferencia dos demais. O que é essa marca e o que ela significa é mais um ponto extremamente interessante e curioso.

Essa perspectiva me lembrou outro mangá muito famoso, Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba. A ideia de um familiar ser morto por um “demônio superior”, a busca implacável por esse ser, as várias lutas e aventuras, a formação de um grupo. Em conclusão, talvez Rooster Fighter tenha se baseado no mangá de Koyoharu Gotouge no processo de criação do background do personagem principal.

Finalizando as primeiras impressões de Rooster Fighter

Rooster Fighter
©Rooster Fighter

Em suma, Rooster Fighter oferece ao leitor uma mistura emocionante de lutas de galos, artes marciais e fantasia, garantindo uma leitura cativante e cheia de adrenalina. Com personagens marcantes e carismáticos, cenas de ação vibrantes e reviravoltas surpreendentes, este mangá promete uma experiência única tanto para quem fã do gênero, como também para aqueles que buscam apenas uma leitura para passar o tempo, é uma leitura que certamente valerá cada segundo do seu tempo. Dê uma chance para Rooster Fighter.

E você, o que achou deste mangá? Deixe sua opinião nos comentários. Queremos saber.

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