The First Slam Dunk é a continuação que os fãs estavam esperando
Eu sei que estou bastante atrasado. Afinal, o filme foi lançado há dois anos. Para ser sincero, nem eu sei exatamente o porquê de eu ter demorado tanto para assistir. Porém, cá estou eu para comentar minha experiência com o filme The First Slam Dunk. E, talvez, este texto servir como uma luz para você que ainda não tenha assistido, entender do que se trata a narrativa deste filme.
Antes de qualquer introdução à história, é importante ressaltar alguns pontos relevantes sobre este longa. The First Slam Dunk é, ao mesmo tempo, uma continuação e uma releitura de onde o anime parou há mais de 30 anos. Então, se você está com dúvida se é preciso assistir ao anime ou ler o mangá para entender o desenrolar do que é apresentado aqui neste filme, a resposta é sim.
Aqui, seguimos a continuação da eletrizante e empolgante partida de Shohoku contra a poderosa Sannoh. E, como já supracitado, a releitura oferecendo ao público uma perspectiva diferente do que existe no mangá, por exemplo, dando mais foco no armador de Shohoku, Ryota Miyagi. Aliás, esse enfoque foi cirúrgico.
Além de termos uma compreensão maior sobre o passado do personagem, a forma como o filme explorou esta área e conectou com o enredo principal, foi genial. A construção do filme é muito bem feita e consegue passar exatamente a sensação que precisa para o telespectador.
Conhecendo melhor a estrela do jogo
O centro de The First Slam Dunk está na trajetória de Ryota e a perda do irmão mais velho. Também, os desafios que teve que enfrentar desde sempre. A direção do filme intercalou muito bem esses momentos dramáticos com as cenas de ação e comédia. Tendo em vista que é um filme de esporte, o drama foi um elemento bastante presente. No entanto, foi usado de maneira sábia para dar profundidade tanto ao personagem como para a narrativa geral.
Para quem conhece Slam Dunk, sabe que o Ryota não é o protagonista da história, mas aqui ele é a estrela do jogo. Como armador de Shohoku, o filme se incumbe de deixar o garoto a frente de tudo, liderando e mostrando autoridade diante da quadra. Ademais, algo que ele construiu com o tempo, por meio de experiências que renderam a ele muito aprendizado.
Todo o desenvolvimento do Ryota é sensacional. Desde o início até a conclusão. Reiterando mais uma vez, essa vazão oferecida pelo filme dá uma ótica completamente inédita sobre um conto que já conhecemos. Então, por mais que você já tenha tido a oportunidade de ler o mangá e ter acompanhado esses momentos apresentados aqui, ainda assim é uma experiência única e marcante.
A arrebatadora partida contra Sannoh em The First Slam Dunk
Todo o conceito de The First Slam Dunk se cria aqui. A partida eletrizante contra Sannoh é norteada de estratégias e jogadas mirabolantes. O tempo de tela se divide entre narrar os fatos da vida do Ryota e apresentar o jogo que todos estavam aguardando ansiosamente.
Aqui entra um dos pontos, talvez, mais “polêmicos” deste título: a animação. A escolha full CGI pode ter espantado muitos inicialmente, o que foi o meu caso, mas acabou caindo nas graças dos fãs. Porém, mais para frente eu falo sobre isso. Além disso, o jogo de Shohoku contra o Sannoh foi uma grande lição de determinação e confiança, características essenciais para vencer a partida.
Acrescentando a isso, outro ponto de suma importância foi a questão da definição das funções e necessidade de cada membro da equipe, contribuindo com o que tem de melhor. Se tem uma coisa que Slam Dunk faz bem é passar a ideia de compreensão das habilidades e limitações de cada um, e como isso pode ser usado a favor do bem coletivo.
A animação de The First Slam Dunk
A animação, por mais que estranha, na minha concepção, conduziu perfeitamente o ritmo do anime. Afinal, estamos falando de um filme de basquete. Ou seja, os movimentos são tudo. É preciso uma certa cadência para que se torne crível o que está sendo exibido.
Mais uma vez, funciona muito bem. Por um lado, enquanto assistia, ainda sentia um certo desconforto. Muito provavelmente por não estar tão acostumado a ver obras neste estilo completamente CGI. Contudo, também senti que não foi uma má escolha.
No que tange aos movimentos dos personagens, fazendo dribles, treinando o controle de bola, dando passes e fazendo arremessos, a animação conseguiu enaltecer todos esses aspectos, passando aquela ideia de dinamismo e perfeição. É algo que só assistindo para compreender. Então, resumo da ópera, foi uma escolha ousada, de fato, mas que acabou funcionando muito bem.
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